O Sorobã é um aparelho de cálculo usado já há muitos anos no Japão pelas escolas, casas comerciais e engenheiros, como máquina de calcular de grande rapidez, de maneira simples.
A história não registra sua origem, havendo somente indícios de seu surgimento. Segundo alguns autores teria sido introduzido na Grécia por Pitágoras, filósofo que viveu no século VI antes de Cristo. Segundo outros autores teria sua origem a 3 ou 4 mil anos antes de Cristo na Mesopotâmia, sendo possivelmente introduzido no oriente através do Império Romano.
O ábaco Romano tornou-se tão conceituado a ponto de alguns serem confeccionados em materiais preciosos. No Oriente seu uso foi introduzido na China e daí foi levado ao Japão. Nestes dois países o seu uso é corrente até os dias de hoje.
No Japão o introdutor foi o professor Kambei Moori que foi à China para pesquisar a cultura geral chinesa. Quando surge um conflito entre as duas nações, vai embora levando um aparelho de cálculo "sum-pam" e um pequeno livro explicativo. Inicia então as pesquisa sobre o aparelho e começa a ensinar o seu manuseio na cidade de Kijoto, já com o nome de sorobã.
No Brasil, o Sorobã foi introduzido pelos imigrantes japoneses no ano de1908, que o consideravam como indispensável na resolução de cálculos matemáticos.
Por volta de 1959 Joaquim Lima de Moraes com o apoio da colônia Japonesa radicada no Brasil, conseguiu introduzir esse aparelho adaptado na educação do deficiente visual.
Na escrita de números reside a principal vantagem, que recomenda o sistema Sorobã como método ideal de cálculo para deficientes visuais. Com alguma habilidade o deficiente visual pode escrever nele números com a mesma velocidade ou até mesmo mais rápido que um vidente escreve a lápis no caderno.
O Sorobã está dividido em dois retângulos: um largo com 4 rodinhas em cada eixo e, outro estreito com apenas 1 rodinha. Serve de separação entre os retângulos uma tabuinha chamada régua, que tem, de 3 em 3 eixos um ponto em relevo (indicando valores posicionais diferentes -unidades, dezenas, centenas, etc.), tendo seis ao todo.
Por convenção, uma haste à esquerda de outra tem um valor dez vezes maior do que esta última. As contas acima da barra divisória valem 5 na sua posição e cada conta abaixo da barra tem valor de 1 na sua posição.
Todas as representações numéricas são feitas movendo-se as contas de cada haste em direção à barra transversal, ou seja, é junto da régua que se escreve e que se lê os algarismos.
Para se calcular com o Sorobã, coloca-se o mesmo sobre uma mesa de modo que o retângulo largo fique mais próximo de quem vai calcular.
Com alguma habilidade o deficiente visual pode escrever números no Sorobã com a mesma velocidade ou até mesmo mais rápido que um vidente escreve a lápis no caderno.
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